sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Eu lembro, você lembra?

                 
                    Eu lembro dos tempos difíceis, lembro das vacas magras, lembro das zoações dos torcedores dos grandes em Santa Catarina, quando nos chamavam de colonos e que menosprezavam nossas pequenas conquistas.

                     Não esqueci do tempo em que disputávamos jogadores com times menores e perdíamos, se era algum time da capital então, vixe era certeza que não levaríamos. Cada jogador anunciado, ou cada boato de jogador era um duplo sofrimento, primeiro a alta dose de azia da nossa própria torcida e segundo pela "profecia" de fracasso que os torcedores do clube anterior do atleta faziam.

                      O tempo de sofrimento voltou, mas parece que muita gente não se deu conta ainda. Querem jogadores de ponta, esqueçam, a gente vai ter que voltar a fazer apostas e mais, voltar a fazer apostas certeiras, temos que acertar uns 80% , na teoria parece fácil, na prática é coisa de maluco.

                        O bom nome construído a partir da gestão do Sandro, foi por água abaixo na gestão do Maninho. Os jogadores nos olham com desconfiança e levaremos uns bons anos para restaurar nossa imagem. Atrasar salário queima demais o filme de um clube, mas queima muito mais de um clube pequeno como o nosso.

                       Gostei demais do discurso do Paulo Magro, para alguns soou pessimista, para mim criou esperança de um tempo difícil porém de recuperação. Para quem tem memória curta, este era o discurso do Palaoro quando assumiu a Chape. Pés no chão, cabeça no céu, um passo de cada vez, primeiro sobreviver para depois pensar em avançar.

                       O ano que está se aproximando vai ser um divisor de águas para a Chapecoense, se conseguirmos reduzir as dividas, ficar entre os 4 primeiros no Catarinense e fazer uma campanha de meio de tabela na série B, teremos cumprido a missão. Agora se vier qualquer coisa a mais, fantástico, será puro lucro.